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29/09/25

Do projeto educacional à usina solar: como a BBS II Wolfsburg utiliza o Eplan Educacional

Autor: Gabriely Gomes Tempo para ler: ata atas

Quando os alunos da BBS II Wolfsburg começam a planejar seu primeiro painel elétrico, eles não usam um software escolar simplificado. Trabalham diretamente com as mesmas ferramentas utilizadas pelos profissionais da indústria – incluindo o Eplan, referência mundial em projetos elétricos. O objetivo é claro: oferecer uma formação que vá além da teoria e desenvolva competências práticas para o dia a dia de trabalho.

“Nosso foco é formar profissionais que entendam o contexto da empresa e adquiram as habilidades que realmente vão precisar na prática”, explica Stefan Manemann, coordenador de departamento da BBS II. Há mais de 20 anos, a escola aposta em cenários de aprendizagem realistas para eletricistas e mecatrônicos – sempre com o apoio do Eplan Educacional, versão acadêmica da solução de engenharia. A proposta é simples, mas poderosa: um ensino bem planejado, conectado com a realidade da indústria e capaz de transformar escolas técnicas em verdadeiras formadoras de talentos.

Aprendizado completo: do diagrama ao comissionamento

Na BBS II, o ensino segue o conceito da ação completa: os alunos vivenciam todas as fases de um projeto – da ideia até a entrega da instalação. “Os esquemas elétricos são fundamentais”, explica Manemann. “Os estudantes precisam entendê-los não só para passar nas provas, mas também para realizar projetos reais mais tarde.”

 

Stefan Manemann, Abteilungsleiter an der BBS II in Wolfsburg

Stefan Manemann ensina engenharia elétrica com o Eplan P8 na BBS II Wolfsburg.

O processo começa com um pedido simulado. Eles recebem um documento com os requisitos e precisam analisar, filtrar as informações e levantar as perguntas certas para entender a demanda. Para ajudar no início, a instalação já existe fisicamente, permitindo que os alunos vejam como a estrutura está montada.

Na fase de planejamento, os estudantes criam os diagramas no Eplan Educacional, selecionam componentes e ferramentas. O professor orienta, mas a execução é deles – um passo essencial para desenvolver autonomia. O projeto é entregue parcialmente estruturado, com páginas em branco, onde precisam planejar a pneumática, posicionar válvulas, configurar a rede via PROFINET e muito mais.

Depois, vem a prática: montagem dos painéis, cabeamento e programação no TIA Portal da Siemens. Em seguida, a fase de testes, medições e ajustes. No final, apresentam a instalação funcionando, enfrentando falhas reais e aprendendo a resolvê-las – como em qualquer projeto de engenharia no mercado.

Eplan Educacional: aprendizado realista, eficiente e gratuito

Por que a escola escolheu o Eplan? Porque é exatamente a mesma ferramenta usada nas empresas. “Os alunos se motivam muito mais quando percebem que estão dominando um software que será exigido na carreira”, reforça Manemann. Além disso, como instituição de ensino, a escola tem acesso gratuito ao Eplan Educacional e a treinamentos para professores.

Desde o primeiro ano, os alunos começam com tarefas simples, como criar esquemas básicos e inserir logotipos nos documentos. A cada ano, os desafios crescem: no segundo, passam a escolher componentes e dimensionar circuitos; no terceiro, lidam com sistemas mais complexos; no quarto, desenvolvem projetos completos, integrando pneumática, sensores, atuadores e comunicação via Ethernet.

Lehrraum mit Rechnern an der BBS II in Wolfsburg

Criação de esquemas elétricos diretamente em instalações da Indústria 4.0: sala de aula da BBS II em Wolfsburg.

Outro diferencial é o acesso direto ao Eplan Data Portal, que contém peças reais de fabricantes como Siemens, Eaton e Phoenix Contact. Ao planejar um disjuntor ou chave seccionadora, por exemplo, eles selecionam o modelo no portal, inserem no esquema com medidas exatas e geram automaticamente a lista de materiais. Tudo como acontece em uma empresa de engenharia.

Materiais criados por alunos para alunos

Quando começou a usar o Eplan, a escola enfrentou um desafio: não havia materiais de treinamento acessíveis para iniciantes. Em parceria com alunos da Volkswagen, criaram seu próprio manual, que evoluiu para um livro prático atualizado com o Eplan 2024.

Sistema transportador do livro prático “Eplan Electric P8”

 

Esse material guia os estudantes passo a passo em um projeto: uma esteira que leva peças até uma célula de laser. Nele, aprendem a configurar motores, CLPs, sensores e sistemas eletropneumáticos. Com isso, conseguem aplicar os conteúdos de forma prática e ainda usar o livro como referência durante o curso.

Projetos reais e sustentáveis

Hoje, a BBS II também desenvolve projetos voltados para sustentabilidade. Entre os mais recentes, está um sistema de aquecimento inteligente para um prédio inteiro, criado por alunos e estagiários. Outro destaque é uma usina solar didática, que alimenta estações de recarga para carros elétricos e bicicletas. Os diagramas foram feitos no Eplan Educacional e estão disponíveis gratuitamente na plataforma aberta xplore-dna.net

Muro da Educação do BBS II em Wolfsburg

No site, qualquer pessoa pode acompanhar os dados em tempo real do projeto “Solar-Power-Xplorer”: fluxo de energia, geração e consumo. Assim, a escola não só prepara seus alunos para a indústria, mas também compartilha conhecimento com toda a comunidade.

Software profissional dentro da sala de aula

Com o Eplan Educacional, os alunos da BBS II Wolfsburg trabalham exatamente como fariam em uma empresa: do primeiro esquema ao projeto completo. Uma experiência prática, eficiente e conectada às demandas do mercado. Uma prova de que, quando a educação se aproxima da realidade da indústria, todos ganham: estudantes, escolas e empresas.

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